Conforme envelhecemos, manter o mesmo peso e o mesmo corpo parece ficar cada ano mais difícil. A macarronada de todo domingo, que antes não pesava agora começa a fazer diferença na hora de abotoar seu jeans.
No entanto, ganhar peso e envelhecer não andam necessariamente juntos. Acontece que comer a mesma quantidade quando não se exercita e quando o ritmo do metabolismo diminui gera o aumento de gordura! Portanto, os motivos, além de fisiológicos, são também comportamentais. Numa fase mais madura, a pessoa torna-se menos ativa, reduzindo o nível de atividade física que praticava quando era mais jovem.
Nosso corpo
Aos 30 anos, o metabolismo basal – valor de referência do quanto o corpo gasta de calorias para se manter funcionando – começa a ficar mais lento. O corpo passa a funcionar em outro ritmo, que vai diminuindo gradativamente até os 60 ou 70 anos, quando tende a estabilizar. Fica mais difícil não acumular gordura, não perder músculos e nem massa óssea.
A partir dos 40 anos ocorre perda de massa muscular, PORÉM SEM DIMINUIÇÃO DO PESO TOTAL!!!! É o resultado dessa equação é o aumento da gordura corporal…
Esse declínio no metabolismo decorrente na mudança da composição corporal é progressivo e potencializado pela a diminuição dos hormônios sexuais e do hormônio do crescimento.
E essas mudanças hormonais podem fazer com que a gordura se acumule mais facilmente na barriga do que nos quadris e nas coxas.
A genética, nesse caso, tem um papel fundamental. Se a família tiver tendência a acumular gordura nessa região, é bem capaz que seu corpo passe a fazer o mesmo.
Com a idade, a responsabilidade e as atribuições do dia a dia como cuidar da casa, família, filhos, amigos e trabalho – passam a ser maiores e o tempo dedicado ao exercício diminui e quem ganha espaço é o sedentarismo.
Movimente-se
Driblar o ganho de peso, no entanto, é possível e o exercício físico é fundamental. Além de melhorar a condição cardiorrespiratória e a disposição a ginástica pode evitar a redução do metabolismo com a idade e melhorar até a osteoporose.
O exercício físico ajuda a manter e aumentar o tecido muscular, promovendo uma composição corporal com maior teor de massa magra, que irá auxiliar na queima da energia obtida através dos alimentos. O Departamento de Cinesiologia (o estudo dos movimentos) da University of Colorado, nos Estados Unidos, pesquisou a taxa de metabolismo basal e o ganho de peso com o passar dos anos. Os pesquisadores descobriram que o declínio no metabolismo basal não é observado em pessoas que se exercitam regularmente.
Foram avaliadas 65 mulheres divididas em quatro grupos: pré-menopausa e pós-menopausa e sedentárias e ativas. Entre as ativas, o metabolismo manteve-se o mesmo antes ou depois da menopausa, o que, segundo os pesquisadores, levou ao baixo peso observado no grupo.
Os exercícios mais recomendados são a musculação, que evita a perda de massa muscular decorrente do envelhecimento, além de manter seu metabolismo funcionando por um tempo prolongado. Exercícios cardiorrespiratórios como caminhada e até mesmo corrida vão manter seu fôlego e aumentar sua disposição. O pilates também seria de muita importância para seu equilíbrio, flexibilidade e estabilidade.
Porém não basta apenas se movimentar. Também é preciso cuidar da alimentação. Não digo fazer extremas restrições, mas sim substituições como trocar as massas brancas e arroz branco pelos integrais, introduzir alimentos com menos molho e menos queijos gordurosos e aumentar o aporte de proteína, que ajuda na queima de gordura, mas proteína de boa qualidade como peixes e outras carnes magras.